quarta-feira, 28 de julho de 2010

Dona Edite, ex-aluna do TOPA, agora está no EJA no município de Mutuípe

Dona Edite, ex-aluna do TOPA do municipío de Mutuípe e agora está numa turma na EJA.
A 1ª foto foi feita pela supervisora do TOPA ao municipio de Mutuípe em 2009 em um visita as turmas do TOPA.
A 2º e 3ª fotos foi no encerramento da etapa em 2009 , onde ela dava seu depoimento sobre as experiência vivenciadas no TOPA
A 4ª foto foi na sala de EJA em julho 2010.
Parabéns Dona Edite pela sua vitória e que continui nos estudos.

sábado, 24 de julho de 2010

Topa reduz em quase 50% o índice de analfabetismo em Cachoeira

No momento em que, pelo terceiro ano consecutivo, a sede do governo baiano foi transferida oficialmente, no dia 25 de junho, para a cidade de Cachoeira – numa homenagem às lutas pela independência da Bahia, iniciadas na região naquela data do ano de 1822 –, a Secretaria Estadual da Educação (SEC) celebra a redução em quase 50% do analfabetismo no município. A conquista se dá por meio do programa Todos pela Alfabetização (Topa).

Segundo relatório do Ministério da Educação, nas duas primeiras etapas do Topa, na histórica cidade do Recôncavo foram beneficiados 1.920 dos 4.610 analfabetos, registrados no censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000, na população acima de 15 anos.

“A gente percebe que nos municípios do Recôncavo há uma adesão muito grande ao Topa, o que resulta na melhoria da qualidade de vida da sua população. O acesso à leitura e à escrita desperta, sobretudo, o sonho do ingresso na faculdade”, afirmou a supervisora regional do programa na Diretoria Regional de Cruz das Almas, Denise Pimenta.

Lançado em maio de 2007, o Topa já alfabetizou 500 mil pessoas em duas etapas concluídas. Com aulas em andamento, a terceira etapa do programa conta com 482 mil alfabetizandos. Os números fazem da Bahia o estado campeão de alfabetização do país e referência para outros estados e para o Brasil Alfabetizado, do Ministério da Educação.

Presente em 415 municípios, o Topa vem devolvendo sonhos, resgatando a autoestima, unindo gerações e promovendo transformações na vida de milhares de pessoas. O sucesso do programa deve ser dividido com as 358 prefeituras e 675 entidades dos movimentos social e sindical.

“Transformar a Bahia em terra livre do analfabetismo é reescrever a história de uma população cujas oportunidades de acesso ao capital social, cultural e econômico foram limitadas pela política autoritária e excludente, que simplesmente ignorou o analfabetismo em nosso estado”, disse o secretário estadual da Educação, Osvaldo Barreto.

Fonte: http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias/2010/copy5_of_01/22/topa-reduz-em-quase-50-o-indice-de-analfabetismo-em-cachoeira

domingo, 11 de julho de 2010

TOPA um desafio ?

Reportagem de André Lázaro - Secretario de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, vinculada no Jornal A Tarde de 24/06/2010.

A alfabetização de jovens e adultos é, ainda no século XXI, um dos importantes desafios que a sociedade brasileira está enfrentando. Dados do IBGE indicam a existência de pouco mais de 14 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que respondem "não" à pergunta feita pela pesquisa: “Você sabe ler e escrever um bilhete simples ?”
Para quem consegue ler este artigo, a condição de analfabeto pode parecer fruto da falta de interesse dos não alfabetizados. Para os que avaliam que o analfabetismo é resultado de desinteresse pessoal, vale lembrar que nosso País tem hoje 98% das crianças, de 7 a 14 anos, na escola; mas ainda estão fora dela 1,6 milhão de jovens de 15 a 17 anos. Portanto, chegamos a este século arrastando o peso da escravidão (13,6% da população negra com mais de 15 anos é analfabeta) e de descaso com a educação das classes populares. O campo pagou a maior parte dessa conta (23,5% da população rural com 15 anos ou mais é analfabeta).
Alfabetizar jovens e adultos ainda é um desafio. Costumo fazer uma comparação que não é correta tecnicamente, mas justa do ponto de vista do esforço pessoal. Muitos de nós, leitores e letrados, com carreira profissional, nos inscrevemos em cursos de línguas estrangeiras, sabedores dos ganhos culturais e profissionais. Muitas vezes abandonamos por não conseguir compatibilizar com nossa jornada de trabalho, de oito horas em média.
Imaginem agora a condição das pessoas analfabetas: têm baixa remuneração, executam tarefas árduas e muitas vezes com mais de oito horas de trabalho por dia. Colocando-nos no lugar deles, percebemos que não é fácil vencer o desafio de aprender a ler, escrever e contar. Além disso, surgem outras dificuldades como a questão da acuidade visual. A idade média do analfabeto no Brasil é de 54 anos. Quem enxerga bem aos 54 anos? Há boas condições na sala de aula? O alfabetizador recebeu formação adequada para lidar com adultos sem infantilizá-los? O alfabetizador conhece o legado de Paulo Freire para, a partir das questões do cotidiano, edificar a motivação e a estratégia pedagógica construindo, com o educando, confiança em sua capacidade de aprender?
Como se vê, são muitos os desafios. Segundo o IBGE, a Bahia ainda tem o maior número absoluto de analfabetos do Brasil: 1,8 milhão de pessoas. Mas a sociedade baiana dá sinais de topar o desafio: o Programa Todos pela Alfabetização - o Topa - é o maior parceiro do Programa Brasil Alfabetizado. Desde que o Topa foi instituído, em 2007, mais de 1 milhão de educandos estão cadastrados no programa. O IBGE registrou que na Bahia houve uma das mais significativas quedas da taxa de analfabetismo do País.
O impacto da alfabetização de jovens e adultos vai muito além das vantagens - imensas - que o indivíduo alcança. Inúmeras pesquisas informam, por exemplo, que quanto mais escolarizada a mãe, melhor a saúde de seus filhos. Os resultados de aprendizagem
das crianças também refletem essa correlação: famílias mais educadas apoiam mais vigorosamente o estudo dos filhos.
Todos nós ouvimos ou dissemos o mesmo; adágio popular: -"Tudo o que tenho para deixar para meus filhos é a educação". Ninguém quer que seu filho tenha menos educação do que teve.
Por essas razões, merece registro a decisão do governo da Bahia e da sociedade baiana de enfrentar o analfabetismo no Estado. Nenhum outro Estado da Federação tem feito esforços na mesma proporção, em quantidade e qualidade. Vale destacar também a implantação da Agenda Territorial de Desenvolvimento de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos no Estado, ação conjunta do poder público e da sociedade civil que visa articular estratégias das ações de alfabetização e de educação de jovens e adultos, oferecendo oportunidades para a continuidade dos estudos.
Para que esses esforços logrem sucesso, é fundamental que a sociedade baiana mobilize
os analfabetos para o efetivo exercício do direito à educação e veja neste empenho um investimento cujo retomo a atual e as futuras' gerações saberão valorizar.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Programa Topa reduz em 80% analfabetismo em 47 municípios

Relatório do Ministério da Educação (MEC) mostra que o programa Todos pela Alfabetização (Topa) já conseguiu reduzir em mais de 80% o analfabetismo em 47 municípios baianos. Exemplo disso foi Biritinga, na região sisaleira. Segundo dados do Censo de 2000 do IBGE, o número de analfabetos no município era de 3.423. Nas duas primeiras etapas do Topa, 3.369 moradores foram alfabetizados, o que representa 98,42% do público alvo.
Situação semelhante ocorreu em Ibipitanga, na Chapada Diamantina, com 3.435 pessoas alfabetizadas, o que representa 97,47% do número apontado pelo Censo. Além destes resultados, o programa comemora o bom desempenho obtido nos municípios que antes figuravam como campeões do analfabetismo.
Em Coronel João Sá, o número de analfabetos somava 6.665 – 55% do total de habitantes. O Topa conseguiu alfabetizar 2.564, uma redução de quase 40% da população analfabeta. Exemplo parecido ocorreu em Pedro Alexandre, que figurava em segundo lugar na Bahia entre os municípios com maior percentual de analfabetismo. Agora, a realidade é outra. O Topa conseguiu reduzir em 66,46% o analfabetismo.
Transformações – "O sucesso do Topa deve ser dividido com as 358 prefeituras e 675 entidades dos movimentos social e sindical parceiras. Presente em 415 municípios, o programa vem devolvendo sonhos, resgatando a autoestima, unindo gerações e promovendo transformações na vida de milhares de pessoas", afirma a coordenadora do programa na Bahia, Elenir Alves.
De acordo com dados do MEC, o número de baianos cadastrados no Topa, de 2007 a 2009, ultrapassa a meta do governo de atingir um milhão de pessoas. Em três anos, o programa estadual, que é referência para o MEC, cadastrou 1.019.281 de pessoas. Desse total, mais de 50% já foram alfabetizadas e certificadas. Atualmente são 482 mil baianos em sala de aula.

Bahia é campeã em alfabetização
Lançado em maio de 2007, o Topa alfabetizou 500 mil pessoas em duas etapas concluídas. Os números fazem da Bahia o estado campeão de alfabetização do país e referência para outros e para o programa Brasil Alfabetizado desenvolvido pelo MEC.
Alane Santos Silva, 24 anos, que interrompeu os estudos aos 14, por conta de uma gravidez não planejada, "tinha vontade de ler e escrever", mas a vergonha a impedia de ir à escola por causa da idade. "O que o povo ia dizer de uma mãe de família na escola? Mas pensei que tenho meus filhos e quero ensinar muitas coisas a eles. Antes não podia. Hoje leio historinhas para eles, escrevo cartinhas e até em computador já mexo". Ela só pretende deixar a escola quando conseguir se formar em Serviço Social.
O lavrador aposentado Sebastião Santos, 61 anos, sempre teve vontade de estudar para ser "doutor", mas deixou os estudos para ajudar os pais no sustento de casa. Agora aprende a ler e escrever com a ajuda de um dos seus dez filhos, a alfabetizadora do Topa, Maria Rosário Santos, 30 anos.
"Ele tem um bom desempenho e aos poucos está criando intimidade com as letras e números. Já conseguiu mandar notícias da família e do município de Caturama, a 419 quilômetros de Salvador, para a filha que mora em São Paulo", explica Maria do Rosário.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Alfabetizados do Topa vão receber livros em casa para estimular leitura


Estado campeão em alfabetização, a Bahia é referência nacional. Lançado em 2007, o programa Todos pela Alfabetização (Topa) já beneficiou 500 mil pessoas. Com a intenção de consolidar o processo de aprendizagem, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação (SEC) e em parceria com o Ministério da Educação (MEC), está fornecendo 30 mil livros para esses alfabetizados.

A ação integra o projeto Leitura para Todos e objetiva estimular o hábito da leitura nos jovens, adultos e idosos egressos do Topa. O lançamento do projeto aconteceu ontem, no auditório dos Correios, na Pituba, com a entrega simbólica de obras literárias de diversos gêneros e linguagens pelo governador Jaques Wagner e o secretário estadual da Educação, Oswaldo Barreto.

Via Correios – O governo da Bahia começou, no fim de semana passado, a distribuição dos livros, que estão sendo enviados pelos Correios às casas dos alfabetizados do Topa. Nessa primeira etapa, serão contemplados os alfabetizados de 60 municípios, mas a meta é atender a todos os alfabetizados pelo programa no estado.

Cada alfabetizado do Topa receberá em sua casa um livro da coleção do Ministério da Educação, juntamente com uma carta-resposta com postagem paga, onde devem escrever suas impressões sobre o conteúdo lido. Em seguida, deve enviá-la para a Secretaria da Educação. A coleção do MEC é resultado de um concurso nacional realizado em 2005 e é composta por dez livros com poesia, conto, crônica, novela, peça teatral, tradição oral e biografias.