terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Base Comunitária leva cidadania junto com o TOPA

A Base Comunitária de Segurança, instalada no bairro de Fazenda Coutos, subúrbio ferroviário de Salvador, já faz parte da vida dos cerca de 32 mil moradores da região. Com uma semana de funcionamento, a unidade já é referência. “Eu ia embora do bairro, não achava que pudesse criar meus filhos aqui por causa da violência e o abandono, resolvi esperar pra ver se com a base algo ia mudar e não me arrependi. Pretendo ficar porque agora sim vivemos mais tranquilos e com segurança”, declara a moradora Débora de Souza, 30.

O equipamento atende a três grandes áreas – Fazenda Coutos I, Fazenda Coutos II e Fazenda Coutos III. Desde o dia 16 deste mês, quando foi instalada a unidade, diversas reuniões estão sendo realizadas entre o comandante da base, Tenente Alã Carlos e líderes comunitários, representantes religiosos, associação de comerciantes e feirantes da região.

De acordo com o presidente da Associação de Amigos da Comunidade de Fazenda Coutos III, Eduardo Silva, alguns resultados já estão sendo alcançados. “Os moradores vêm aqui e comentam com a gente a felicidade que este lugar proporciona agora. Podemos tomar um ar fora de casa à noite, os mercados ficam abertos até mais tarde, o que antes não acontecia.”

Além do efetivo de 120 policiais militares, a base possui um centro digital de cidadania e vai proporcionar cursos profissionalizantes e preparatórios para o vestibular, além de atividades culturais e sociais, como explica o tenente Alã. “A partir da próxima semana serão abertas as inscrições para o curso de inclusão digital. Apenas esta semana mais de 300 pessoas estiveram aqui à procura deste curso. Haverão também outras ações e especialização através do Topa [Todos pela alfabetização], EJA [Educação de Jovens e Adultos], Universidade para Todos, curso de técnico de enfermagem, além de cadastramento do Bolsa Família e visita do SAC Móvel [unidade itinerante do Serviço de Atendimento ao Cidadão].”

O fato alegra Edmeire Silva Gomes, 30, que vê um futuro melhor para a filha de quatro anos. “Expliquei pra ela que não é pra estranhar os policiais que fazem a ronda, porque eles estão aqui para nos proteger. Sei que ela vai ter futuro melhor e graças também a alguns dos projetos sociais que já começaram a surgir”, afirma.