terça-feira, 14 de maio de 2013

Sexta etapa do Topa inicia com cerca de 200 mil pessoas





Cerca de 200 mil pessoas, entre jovens, adultos e idosos, de 366 municípios, estão em sala de aula pelo programa Todos pela Alfabetização (Topa), em sua sexta etapa, iniciada no dia 6 de maio. Graças à ação do governo estadual, por meio da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, esses novos alunos têm a oportunidade à apropriação da leitura e da escrita, visando à inclusãoeducacional dos baianos que não tiveram acesso à inclusão educacional dos baianos que não tiveram acesso à alfabetização na idade certa, incluindo povos indígenas, quilombolas, população carcerária e pessoas com deficiência.

“Nesta etapa, estamos focando, cada vez mais, nosso trabalho nos municípios com índice de analfabetismo acima de 30%”, disse Elenir Alves, coordenadora do Topa, que ressalta que os estudantes recebem todo o material didático e pedagógico para ajudar no desenvolvimento dos estudos em sala de aula. O Topa é desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação – MEC/FNDE.

Para garantir a efetividade e a qualidade pedagógica do Topa, a Secretaria da Educação do Estado vem realizando estudos e pesquisas, formação continuada de professores-alfabetizadores, coordenadores de turma e tradutores intérpretes de Libras, desenvolvendo mecanismos de acompanhamento e avaliação, além de produção de material didático-pedagógico. O resultado do sucesso do programa pode ser constatado com o recebimento do Prêmio Darcy Ribeiro, edição 2011, concedido, anualmente, pela Comissão de Educação e Cultura e pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Esse prêmio reconhece instituições ou entidades cujos trabalhos ou ações merecem destaque na defesa e promoção da educação no Brasil.

‘Hoje eu sei me comunicar direito’

O Topa vem transformando a vida de milhares de baianos. "Eu não lia nada. Hoje, consigo ler os ônibus [letreiros] quando passam. Eu queria estudar, mas tive filhos e não tinha parente perto para deixar. Agradeço muito por ter vencido essa batalha", disse Nilzabete dos Santos, 49 anos, alfabetizada do município de Feira de Santana.

Para o casal Valdemiro Cortezini, 24, e Kênia Geiza Teobaldo, 29 anos, do município de Guanambi – alfabetizados na quinta etapa do programa, em 2012 –, o Topa foi ainda mais especial. Eles se conheceram nas aulas na Casa de Custódia de Guanambi e, desde então, suas vidas mudaram. Hoje, casados, eles continuam os estudos por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA). "Nunca tinha gostado de estudar. Depois do Topa, comecei a gostar."

Kênia Teobaldo comemora a alfabetização e a inserção no mundo do trabalho. "Hoje eu sei me comunicar direito, conversar. Trabalho em casa de família e convivo com pessoas estudadas. Agora, já sei ler os rótulos dos produtos de limpeza. A professora Ione Fernandes me ajudou muito, inclusive, a arranjar um trabalho. Eu quero continuar estudando. Já estou na escola, na mesma sala do meu marido."

Reunião do TOPA na DIREC 23 - Macaúbas